Não existem palavras para descrevrer a miscelânea de emoções que passa por nossos corações depois de tudo o que aconteceu. Atônito ainda, demorando para assimilar os fatos da madruga cinza que assolou um dos lugares mais queridos do Rio Grande do Sul, bombardeado pela mídia espetaculosa, quebro o silêncio amargo que ainda oprimia. Fúria, tristeza, comoção, todos misturados em um caleidoscópio monocromático, um estado de choque letárgico que demorará para ir embora. Mas o que se sobressai sem dúvida é a sensação de impotência. Impotência essa que perspassa todos nós, próximos ou distantes, expectadores confusos de um momento lúgubre, fugaz mas perene. Conhecendo ou não as pessoas que partiram, fazendo ou não parte de seus círculos mais estreitos de amizade, todos estamos chocados. Sem mais palavras neste momento, pois a voz ainda embarga, a realidade ainda está obscurecida por um véu.
A ACVN, junto com Santa Maria, chora pelos seus filhos, irmãos e amigos. Esta é a hora de enlaçarmos as mãos e prestar todo o auxílio possível aos que tiveram perdas no seio de suas famílias. Esta é a hora de mostrar que somos todos o mesmo sangue, a mesma carne, o mesmo espírito.
